Canterlot Castle
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Mensagem por Drason Sáb maio 05, 2012 7:34 am

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Fortuna e Glória

Título original: Fortune & Glory

Tradução: DanTR

Autor: Troth


A luz do dia finalmente passou pelas montanhas que cercavam Equestria. O dia tinha finalmente chegado, e não muito cedo do tempo que Celestia planejou.
Os animais rapidamente saíram em disparada das suas tocas. Eles todos queriam se encher do ar fresco da manhã. Logo, os pôneis fariam o mesmo.
Porém, um unicórnio se opunha a esse sentimento.
Este unicórnio era Filly Trotman. Assim que a luz do sol se moveu de debaixo da sua cama para o seu rosto, um leve gemido escapou de sua boca.
“Não pode já estar de dia…” Trotman pensou alto. O horror do dia simplesmente não podia ter chegado tão cedo.
Trotman tinha pavor do dia. Afinal, seus dias foram horríveis. Afinal, seus dias nunca estavam sem os sentimentos que ele mais odiava. Sensações, sentimentos e características que, juntamente com os seus adjetivos, tinham se tornado em palavras malditas para o escritor. Talento, popularidade, atraso, declínio, falha. Todas elas o praguejaram, e todas elas o destruíam por dentro enquanto ele olhava fixamente os posters das paredes do seu casebre, que o provocavam.
E o pior, o velho poster do seu primeiro romance, Daring-Do e a Aventura pela Pedra de Safira, ficava em cima da sua cama, o provocando toda noite.
Sim, o nome de Filly Trotman, usualmente acompanhado por “Quem?”, é o autor da série Daring-Do. O anteriormente popular Daring-Do. O culto Daring-Do. Qualquer adjetivo que tenha existido, eles foram usados para descrever a série de livros do pobre Trotman. O problema era, a sua falha em produzir o levou a apenas o negativo.
Trotman levantou lentamente sua cabeça, seus olhos mal conseguindo abrir, revelavam o brilho de dois olhos azuis. Olhos degastados. Olhos de um cavalo que passou por anos de tortura.
“Sol estúpido… Celestia, porque você também tem que me provocar?” Trotman murmurou, esfregando sua cabeça enquanto falava. Ele já tinha falado isso tantas vezes que poderia muito bem ter uma conferência com a princesa em pessoa. Se fosse perguntado sobre isso, ele se lembraria de sempre dizer que a Princesa Luna era a sua princesa favorita. Afinal, o presente da noite representava o descanso do dia – o dia longo, tedioso e sem ideias.
Filly jogou seus cascos no chão de madeira, ouvindo o rangido que continuava forte desde o último mês. Trotman lembrou a si mesmo de pedir a alguém para que verifiquem o que causava isso, mas ele se lembrou também que o lucro que recebeu das histórias tinha acabado desde a última vez que comprou maçãs. Ele amaldiçoou a si mesmo por amar essas maçãs da Família Maçã tanto, que ele poderia ter feito Flim e Flam ficarem e fazerem produtos de maçã menos viciantes.
Assim que ele saiu do seu pequeno quarto, outra imagem da glória do passado zombava dele. Um poster de um dos seus últimos romances, Daring-Do e o Reino de Jade ficava perto de seu quarto.
Trotman caminhou para a sua pequena sala de estar, as únicas mobílias restantes eram sua amada cadeira e o birô cumprimentando-o. As mesmas cadeira e birô onde ele escreveu seu primeiro romance, e todos os outros depois. O porque dele ter guardado esses móveis, ele nunca soube. Talvez fossem os últimos restos da glória do passado que ele deixou. E isso não era algo bom de qualquer forma.
“…O que aconteceu comigo?” Trotman perguntou a si mesmo. Essa pergunta ecoava de suas paredes por anos. Os seus posters perguntavam do mesmo jeito. O seu casebre poderia ranger essa pergunta, do seu alicerce até o teto. A glória do passado claramente tinha dado adeus há muito tempo atrás.
Forçando um sorriso, Filly sentou-se em sua cadeira e olhou o seu birô, que aguentava apenas um pequeno caderno. Um caderno que estava dilacerado graças a anos de uso. Quantos anos? Trotman perdeu a conta. Afinal, os anos de glória pareciam perdidos depois do quinto romance, e no tempo em que ele lançou o oitavo, parecia que nenhum pônei se importava mais.
O chifre de Filly brilhou com uma fraca aura branca, e a capa do caderno lentamente abriu-se, revelando a mesma imagem de pesadelo que Trotman tinha visto há muito tempo.
Uma página vazia.
Uma página vazia, e com fome. Procurando por alguma palavra, qualquer palavra. Porém, Filly não podia satisfazer essa fome. Ele não podia satisfazer essa fome do livro, de seus (restantes) fãs, e, pior, da sua editora.
Sim, a sua editora que não mais se preocupava com o livro. Na verdade, ela mal podia se lembrar do título da sua famosa série. Seria Daring-Doodoo, ou Velho-Do, ou o nome atual, O Seu Estúpido Livro.
Trotman lançou um olhar fixo na página. Uma página que ia e ia junto com o seu branco deserto do nada, como se a página estivesse competindo com ele pra ver quem piscava primeiro.
A luz do sol lentamente aproximava-se da página, adicionando luz ao quarto de Trotman. Não havia quase nada o cercando. Algumas pilhas de páginas, a maioria cheia de rabiscos, parágrafos borrados e comentários laterais que apenas demonstravam crítica.
O mais notável, porém, eram as várias imagens da personagem que ele havia criado. As várias aventuras que ele poderia escrever e colocá-la dentro. Daring-Do era a sua vida, literalmente. Suas aventuras eram o seu trabalho, o de colocar ela pelos testes do perigo e de cada obstáculo, os quais ela superaria de alguma forma.
Porém, porque ele não podia fazer isso? Trotman pensou de novo e de novo, por que eu não posso fazer essa fuga de última hora?
Depois de um bom tempo sem nenhuma ideia, Trotman olhou pela sua pequena janela. O colorido e quebrado vidro fazia brilhar pequenas lascas de luz por toda sua sala de estar. O trabalho de Celestia estava admirável hoje, como se o sol brilhasse orgulhosamente.
Sua admiração, porém, transformou-se em raiva assim que ele viu o que estava perto de sua janela. Ao lado dela, estava outra provocação por um poster da Daring-Do. O olhar de aventura tão claro no rosto da Daring-Do. Os vários perigos que ela confrontou passavam zunindo pela mente de Trotman. As várias armadilhas que ela escapou, os vilões que ela enfrentou, o tesouro que ela poderia ter descoberto – o triunfo que ela teria.
E então, sem nenhum aviso, algo aconteceu. Algo sem precedente. Algo que Filly Trotman, o anteriormente respeitado gênio literário, achou que ele nunca poderia fazer e nunca tinha feito até agora.
Ele chorou.
As lágrimas caíram de seus olhos, como uma torneira enlouquecida. Os molhados e salgados produtos rasgando sua face, enquanto ele prendia seus soluços como se estivesse a esconder o seu pesar das paredes.
As horríveis sensações de desespero, de falha, de descontetamento, enchiam sua alma. Trotman esmagou sua face no seu caderno. O birô deformado guinchava em resposta, como se estivesse choramingando de uma maneira provocativa.
Em volta dele, a irônica luz do sol o enquadrava. O mundo em volta dele alegrava-se com o começo de um novo dia, enquanto ele estava sentando ali. Sozinho, sem nenhum pensamento, sem ajuda… sem nada.
Trotman então levantou sua cabeça, olhando fixamente para o poster que desencadeou sua tristeza. Seus quebrados e agredidos olhos rapidamente ficaram rígidos, o claro sinal raiva que agora os ocupava. O unicórnio mudou sua aparência desgastada, e então franziu a testa em absoluta fúria.
“V…você…” Filly gaguejou, sua voz grasnava. Sua expressão subitamente transformou-se em ódio. De repente, ele correu como um foguete, indo direto para o poster em que ele pôs os olhos.
“VOCÊ ARRUINOU MINHA VIDA!” Trotman gritou o mais alto que podia, e então ele pulou no meio do caminho e se jogou no pôster, deixando uma cavidade bem grande nele, graças a sua colisão. Após recuar, Trotman esfregou sua cabeça, ainda sentindo absoluta raiva em seu coração.
“Você a arruinou!” Trotman recomeçou, galopando em direção ao poster de novo e esmagando sua cabeça nele, sentindo como se a parede o batesse de volta. Tão rápido como sua sua raiva chegou, porém, ela sumiu. Ele voltou à realidade.
Aqui estou eu, ele pensou, me jogando em um poster.
Trotman olhou para a sua parede, tentando pensar em algo pra fazer. Nenhuma ação parecia adequada. Escrever claramente não era uma opção, o seu talento não era compartilhado com esses populares designers de Canterlot, e era claro que toda a atenção era focada no supostamente “talentoso”, como essa presunçosa “Fluttershy” ou essa arrogante Pegasus de crina cor arco-íris de alguns meses atrás.
Ele foi deixado para trás, do mesmo jeito que suas histórias foram. Ele foi liquidado, sem nenhuma rasão para continuar sua perseguição por uma vida. Sua vontade, sua vida, seu trabalho. Todos destruídos.
“… Eu poderia também apenas me sentar aqui. Ninguém ligaria. Eu apenas viraria parte do cenário, do mesmo jeito que os arbustos e as árvores”, Trotman murmurou quietamente, sua voz ríspida de alguma forma ecoava nas paredes de seu casebre.
Porém, ele percebeu que isso levaria dias para sua morte. Dias. Poderiam também ser meses, ou até anos.
Isso o lembrou do seu trabalho. Trabalho que não mais importava. Afina, quem daria atenção a uma personagem velha como a Daring-Do? Quem ainda se importaria com a sua personagem? Quem se importaria com ele?
Sem mais nenhum pensamento, Filly fechou seus olhos, esperando que eles nunca mais abrissem. Esperando que esse terrível pesadelo terminasse, e que ele acordaria de novo no mundo em que ele costumava viver; um mundo onde ele tinha importância.
SLAM!
Os olhos de Trotman abriram rapidamente graças ao barulho de uma queda.
Ele estava quase desapontado por descobrir que estava no mesmo lugar no chão de antes. O tempo havia passado, no máximo apenas algumas horas, já que o sol estava acima dos montes. Era perto do meio dia.
Filly lentamente se levantou do chão, seus cascos doíam de terem ficado no chão de madeira por algumas horas. Com a maior delicadeza que ele pode, seu chifre brilho branco e a porta lentamente se abriu, revelando uma pônei do outro lado, caída e esparramada no chão.
“Puxa, você está bem?” Trotman perguntou, com um forte sotaque de Canterlot, que até o supreendeu. A Pegasus lentamente se levantou, e então deu um grande sorriso com os olhos de um filhotinho; bom, com os olhos vesgos de um filhotinho.
“Estou bem. Isso acontece sempre, na verdade!” A Pegasus respondeu, sua voz era um tanto lenta e deselegante.
Na verdade, olhando novamente, Trotman podia dizer que ela era uma peculiar pequena égua. Sua pele era cinza, e sua crina tinha um tom meio desbotado de amarelo.
O mais diferente daquela Pegasus na verdade, eram seus olhos. Sem dúvida, a cor deles era perfeitamente normal. Um amarelo-limão, talvez cor âmbar, Trotman presumiu. Seus olhos, porém, eram totalmente vesgos. Trotman ficou tão confuso com a aparência dos olhos dela, parecia que até a égua sabia o que ele estava olhando.
“Oh, você está olhando os meus olhos, certo?” A égua perguntou, sua voz lenta se estendeu para uma risada pequena no final. Era óbvio para Filly que ela mesma sentia graça com essa característica dela.
“Bom, se você não se importar que eu vá direto ao ponto, mas – Bom, de qualquer forma – O que você veio fazer aqui?” Trotman finalmente perguntou, indo direto ao ponto. Ele não gostou de empurrar a conversa, já que qualquer conversa com qualquer pônei era uma mudança bem vinda para sua rotina após todos esses anos.
“Senhorita Derpy Hooves, senhor,” a adorável pequena Pegasus falou com um sorriso orgulhoso, “trabalhando de substituta de carteira para o serviço de entrega especial de correspondência de Canterlot! HOO RAH!”
A Pegasus concluiu sua apresentação com uma tentativa de continência, porém ela mirou errado e acabou acertando seu rosto.
“Bom, suponho que isso quer dizer que tem uma carta para mim, jovem garota?” Trotman respondeu com o menor dos sorrisos. Aquela adorável pônei chamada Derpy certamente era alguém de se contemplar, pensou ele para si mesmo.
“Bom, isso depende! Qual é o seu nome?”
“Senhor Filly Trotman? Eu não devia ter demorado tanto pra f-” O autor foi interrompido rapidamente, já que a face de olhos brilhantes da Pegasus explodiu em um grande sorriso.
“Filly Trotman? O Filly Trotman?” Derpy perguntou de repente, sua voz de antes agora num tom de êxtase.
“Bom, sim,” Trotman respondeu, supreso de que ela tivesse até reconhecido seu nome.
“Eu ADOREI seus livros! Eu li todos os romances da Daring-Do da frente até o…umm…da frente até…” Derpy deu uma pausa, de repente parou em suas tentativas de lembrar onde ela tinha parado a leitura. Foi na página do meio? Ou foi na última página? Na antepenúltima? Talvez era a pausa pra comer bolinhos quando era parou?
Porém, entre os devaneios da Pegasus inocente, Filly franziu suas testas.
“…Não mencione esse nome.” Trotman determinou, sua voz endurecendo quase que imediatamente. Era claro que que a Pegasus havia atingido o ponto fraco do unicórnio literário… e ela não fazia nenhuma ideia…
“O quê? Daring-Do?” Derpy perguntou, parando com seus devaneios e voltando a conversa.
“Eu disse pra você não falar esse nome!” Trotman subitamente gritou, sua voz na ponta da sanidade que ele ainda tinha. Se foi seu tom delicado. Agora de volta estava o tom feroz com que ele estava a algumas horas atrás enquanto descontava sua raiva na sua própria personagem.
Derpy sentou em frente do escrito enraivado, com um olhar usual de espanto em seu rosto. Será que ela estava fazendo alguma coisa errada? Ela não teria estragado de novo as coisas, teria?
“Oh, desculpa”, Derpy respondeu, seus olhos surpreendentemente perdem o brilho alegre enquanto ela abaixa sua cabeça da repreensão que começou. Trotman, ainda ouvindo seu grito de antes ecoando nas paredes, suavizou seus olhos ao ver a cara triste da pônei que ele acabara de gritar. Era isso, agora? Ele estava fazendo a vida dos outros pôneis pior?
“…Olha, eu peço desculpas. Você poderia me entregar a carta agora? Cortesía de uma doce e pequena Pegasus?” Trotman falou, virando usa cabeça para baixo para encontrar o olhar da Derpy. Com isso, a expressão da égua se aliviou, e ela rapidamente e eficientemente pegou… uma pequena carta. O coração de Trotman afundou ainda mais no abismo escuro.
“Ah, isso é tudo?” Trotman perguntou, seu tom agora beirando o nada. Derpy compartilhava o mesmo olhar trise que agora aparecia no rosto de Trotman enquanto ele olhava fixamente para o pequeno envelope. Provavelmente aquele que, uma vez aberto, decidiría o seu destino de nunca mais escrever. Derpy pensou em falar algo, mas algo disse em sua mente que isso não seria adequado. Com a expressão que Filly fazia, não era uma boa hora.
“Obrigado. Obrigado pela entrega.” Trotman falou lentamente, seus olhos voltando para desgastado, triste estado de antes.
“Sem problema, senhor Trotman,” Derpy respondeu, o tom de tristeza parecia contagioso no ar entre a carteira substituta e o autor falido. Trotman virou para trás, e lentamente voltou para o seu casebre. Ouvindo a porta fechar atrás dele, e um bater de asas, ele podia dizer que o dia havia chegado.
Não podia haver uma explicação melhor para o longo tempo sem notificação. A carta só podia ser da sua editora, provavelmente cortando qualquer ligação que o senhor Trotman ainda tivesse com ela.
Derpy tinha infelizmente tido o pior papel nesse show. Um show baseado em uma vida horrível de um pônei chamado Filly Trotman. Ela tomou o papel de entregadora do destino. Destino que estava nos cascos de Trotman. Dentro do envelope, dentro desse asilo da destruição em forma quadrada, estava o que poderia ser o resto de sua vida.
Lentamente e com cuidado, Trotman magicamente abriu a carta. A dobra lentamente se abriu, o adesivo que a prendia com o resto escorregou facilmente. Sua editora claramente não se preocupou em conseguir um envelope de melhor qualidade. Isso não podia ser bom.
Trotman abriu o envelope, pronto para ver uma longa folha de papel rolando para baixo. Como um rolo de papel, assinado por sua editora. Trotman esperou que o longo pergaminho aparecesse… mas ele nunca apareceu.
Em vez disso, porém, um pequeno rolo de papel facilmente flutuou e caiu no chão.
Os olhos molhados de Trotman ficaram em dúvida. Em dúvida, entre explodir em lágrimas ou inspecionar o que estivesse escrito na carta.
Lentamente, Trotman levantou a carta para sua vista, e começou a ler o não tão bem escrito texto.
Caro Filly Trotman,
Meu nome é Rainbow Dash, a mais rápida Pegasusque saiu de Cloudsdale e uma futura Wonderbolt!
A não muito tempo, eu fui internada no hospital graças a uma queda que eu tive. Minha amiga Twillight me deu um livro, “Daring-Do e a Aventura pela Pedra de Safira”, e eu pensei que er atão chato ler! Ha, como eu estava errada!
Eu acabei ficando tão presa na leitura, que fui acusada de roubar chinelos, e praticamente fiquei comprometida!
Basicamente, eu queria agradecer por essas histórias legais que você escreveu sobre Daring-Do! É tão legal ler finalmente algo que não seja tão nerd! É como se você tivesse pensado em todos os pôneis legais, e escrevesse uma história para nós! Não há dúvida de que você escreveu todos esses livros!
De qualquer forma, eu sei que estou fugindo um pouco do assunto aqui. Eu tenho certeza que você é provavelmente 20% mais legal que eu e tem coisas melhores pra fazer do que ler sobre uma Pegasus elogiando seu trabalho, mas ainda assim, é TÃO legal! Eu agora amo ler graças a você, eu adoro as histórias, e a Daring-Do! Suas histórias são… hum… deixa eu pensar…
AH SIM! Suas histórias são inegáveis,
inquestionáveis,
FANTÁSTICAS!
Obrigada por ler, e obrigada por fazer eu amar ler!
Sua nova e MAIOR fã,
Rainbow Dash.
Trotman simplesmente olhou para o rolo de papel por um longo tempo. Sem emoção, como se tivesse perdido qualquer emoção que ele tinha antes. Porém, a emoção prevalecia dentro do senhor Trotman.
O problema era que, a emoção estava se movendo muito depressa dentro da mente do escritor. Pensamentos movidos, emoções, tudo parecia pronto para se mover de uma vez após ler o que uma jovem Pegasus tinha para dizer.
Trotman moveu suas pupílas de volta para a carta, lendo toda palavra que ele poderia achar que o perfurava mais profundamente do que qualquer palavra palavra áspera ou crítica. Seus olhos correram selvagemente pelo pedaço de papel, seus olhos pulando a cada palavra que ele viu que o elogiava. Ele pensou como era possível um elogio o cumprimentar depois de tanto tempo. Toda palavra positiva pulou em choque nele.
Legal
…obrigada por…
Fantástica…
Nova e MAIOR fã…
De repente, as engrenagens na mente do anteriormente popular autor começaram a funcionar novamente.
Talvez uma teia de aranha ou duas tivessem desprendido dessas engrenagen, já que Trotman subitamente percebeu a luz da sua janela novamente. Dessa vez, porém, ela parecia muito mais brilhante. Na verdade, sua luz parecia apontar para o único caderno que ele havia deixado branco nos últimos meses.
Porém, dessa vez, nem sequer um único mal pensamento cruzou a mente de Filly Trotman. Na verdade, um olhar de interesse o atingiu. Afinal, ele pensou, como os pôneis vão saber o que vai acontecer a seguir com a personagem excitante que é a Daring-Do?
Daring-Do. De repente, o nome virou não mais uma fonte de raiva.
Não, na verdade, o senhor Trotman sorriu ao relembrar o nome. Era quase como se fosse uma memória de um antigo amigo que um pônei conheceu. Na verdade, a alegria começou a preencher os olhos do unicórnio.
“O que eu estou fazendo! Eu tenho que me mandar! Há aventuras para serem escritas! Perigos para serem escapados! Antiguidades para serem encontradas! Tudo na vida da Daringo-Do!” Trotman subitamente explodiu, sua voz cantando algo que ele pensou que nunca mais ouviria em sua vida novamente.
Como isso poderia ser explicado, ele pensou. Uma simples carta tinha transformado seu coração preto de carvão em uma chama flamejante. Era estranho, claro, mas subitamente a realização atingiu o pônei.
Não era apenas aquele pedaço de papel! Era a vontade de querer mais. A ajuda que ele recebeu, fez ele perceber a sua real importância por todos esses anos. Realmente, ele nunca soube o que ele precisava para recomeçar sua carreira, mais agora isso ficou claro.
Essa carta, essa simples carta de uma Pegasus chamada Rainbow Dash tinha feito ele perceber que ele inspirava alguém. Alguém era inspirado por ele.
De alguma fomra, Trotman se sentiu pegando no seu bloco de notas com a sua magia. Porém, não era o lento e forçado jeito de pegar as coisas que ele tinha. Não, era mais um jeito franco. Um jeito que apenas um pônei com ideia e inovação em sua cabeça teria.
“Eu…É melhor eu começar! Celestia sabe que todos esses pôneis estão ansiosos para ler uma história da Daring-Do! Uma história espetacular, eu prometo a eles que vou escrever!” Filly Trotman, o antes triste pônei, gritou alto. Seu coração se levantou, ele abaixou o bloco de notas, pegou uma pena e fixou seu olhar na página branca.
Porém, esse olhar não era um olhar de desespero ou vazio. Dessa vez, porém, era um olhar de oportunidade claro em seus olhos. Um vislumbre de, não de um bloqueio em sua mente, mas de uma porta aberta para a terra da inspiração.
“Bom, esse é um belo começo, mas o que é uma história sem um título…” O senhor Trotman ponderou, sua mente agora trabalhava do jeito que um mecanismo de cortesia de Flim & Flam faria. Rapidamente, seus olhos dilataram em realização, um grande sorriso dominou seu rosto.
“Eu consegui! Que tal… Daring-Do e o Templo das Dunas?” Trotman finalmente exclamou. Sem nenhuma dificuldade, começou a escrever com a pena, não apenas escrevendo o título, mas as primeiras palavras começaram a tomar forma na folha de papel.
Daring-Do certamente tinha se metido em uma encrenca dessa vez. Lá estava ela, cara a cara com um teto cheio de espinhos chegando perto dela, prontos para acabar com ela. Talvez os vários assistentes da senhorita Do estivessem certos, que procurar pela fortuna e glória faria ela ser morta. Ela mesmo até acreditava nisso, toda vez que confrontava o impossível. Por´me, mesmo agora, ela sabia que era um fato de que ela não seira morta dessa vez.
E de repente, Trotman se viu absorto em sua mente.
E depois de tanto tempo, ele esperava que a noite pudesse vir mais tarde. Enquanto a luz brilhasse nele e em sua mente em trabalho, ele poderia continuar a escrever o que aparecesse em sua mente.
E mesmo que ele conseguisse ou não ter sucesso em sua volta para o topo, ele não se importava. Se ele provasse que todas as críticas estavam erradas ou não, ele não se preocupava. Se ele impressionaria sua editora, ele não se preocupava.
Agora Filly Trotman apenas se preocupava em agradar o público. O público que leu seu livro original. O público que se estendeu tão longe quanto Appleloosa ou Fillydelphia. O público, tanto unicórnio, Pegasus ou pony da Terra, que continuou a amar suas histórias, não importando o quão longe ele caiu.
E de alguma forma, não importava o quanto ele caiu, ele tinha de alguma forma conseguido escapar da horrível maldição que o praguejou por tanto tempo. Como a Daring-Do havia feito inúmeras vezes antes, o senhor Trotman tinha se salvado da beira do abismo, e agora estava em busca da única coisa que importava:
A fortuna e a glória!
Fonte original (em inglês):http://www.fimfiction.net/story/11376/Fortune-&-Glory
Drason
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